Tratamento Conservador
O tratamento conservador da Neuralgia do Trigémio tem uma abordagem muito clínica, no sentido em que o controle da dor, considerada insuportável, é feito de imediato com doses altas de anticonvulsivantes e antipilépticos, que são também eficazes nas dores neuropáticas. Para a Neuralgia do Trigémio pensa-se que o mais eficaz seja a Carbamazepina ("Tegretol" e "Carbamazepina"), que é também prescrito para a Epilepsia e doença Bi-Polar.
Na indicação cirúrgica, normalmente de último recurso, existem dois procedimentos que têm sido os mais bem sucedidos. São eles a eletrocoagulação percutânea diferencial do trigémio e a microdescompressão vascular do trigémio.
Tratamento Osteopático
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Existem estudos feitos pela comunidade científica da área da Osteopatia, Fisioterapia, entre outras, que defendem que as prováveis alterações anatómicas, neurofisiológicas e biomecânicas no crânio, possam causar o aparecimento deste tipo de neuralgia facial (Eduardo André Louzeiro Lama e Flávia Maria Lessa Mélo).
Sutherland, o "pai" da Osteopatia Craniana, ou outros como Upledger, defendem que existe pulsação craniana através do líquido céfalo-raquidiano e um movimento correspondente, inter-sutural acompanhado por um ritmo respiratório. Também os académicos que investigam estas áreas, subscrevem a ideia de que existe esta micromobilidade entre os ossos que compõem o crânio e que o fenómeno disfuncional pode aparecer como em qualquer outra parte do corpo, ou seja, se existirem alterações por fixações das suturas cranianas, torna-se possível a diminuição da circulação do líquido céfalo-raquidiano e consequentemente a diminuição da mobilidade dos
nervos cranianos, de que faz parte o V par craniano, ou seja, o Nervo Trigémio (Eduardo André Louzeiro Lama e Flávia Maria Lessa Mélo).
Sutherland, o "pai" da Osteopatia Craniana, ou outros como Upledger, defendem que existe pulsação craniana através do líquido céfalo-raquidiano e um movimento correspondente, inter-sutural acompanhado por um ritmo respiratório. Também os académicos que investigam estas áreas, subscrevem a ideia de que existe esta micromobilidade entre os ossos que compõem o crânio e que o fenómeno disfuncional pode aparecer como em qualquer outra parte do corpo, ou seja, se existirem alterações por fixações das suturas cranianas, torna-se possível a diminuição da circulação do líquido céfalo-raquidiano e consequentemente a diminuição da mobilidade dos
nervos cranianos, de que faz parte o V par craniano, ou seja, o Nervo Trigémio (Eduardo André Louzeiro Lama e Flávia Maria Lessa Mélo).
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Como a lesão é craniana e cada ramo do nervo trigémio tem um canal ósseo trajectório, o tratamento Osteopático envolve técnicas cranianas com o objectivo de libertar as estruturas comprometidas, avaliando da mobilidade craniana, velocidade de pulsação do líquido céfalo-raquidiano, grau de fixação das suturas, etc. Estas técnicas pretendem promover o aumento da mobilidade neural periférica do crânio, libertando as suturas esfeno-frontal, esfeno-basilar, temporo-esfonoidal e temporoccipital.
As técnicas cranianas que se podem utilizar são várias mas não interessa descrevê-las aqui. Prefiro descrever a minha experiência com um paciente, que é bem explícita do resultado desta terapêutica. Este ano chegou ao consultório um paciente, cujo o diagnóstico feito pelo Neurologista era o de Neuralgia do Trigémio. O paciente tinha tido já vários surtos, nos últimos 2 anos, mas o ano corrente havia sido o pior. Tinham sido quase 11 meses de dor permanente. O senhor, militar de profissão, mal conseguia falar ou comer, estava pálido e por várias vezes fez uma cara de sofrimento tal, que acabou por ser a esposa que completou o resto da sua história. Orgulho-me de dizer que ao fim de 4 tratamentos, o paciente deixou por completo a medicação, coisa que não tinha acontecido nesse ano, falava, ria, comia e inclusivamente disse que há quase 1 ano não se sentia assim. Mesmo entendendo que o tratamento que fiz pudesse ser paliativo e não tenha tratado a causa própriamente dita, causa essa que continuava por descobrir em concreto, consegui dar uma qualidade de vida ao paciente que já não tinha há quase um ano. Espero continuar em tratamento e quem sabe...talvez fique mesmo curado!