27 setembro, 2016

Lombociatalgias- Flexão lombar reduz a protrusão/ prolapso do disco intervertebral lombar

RM e experiência em cadáver:


Flexão lombar reduz a protrusão/ prolapso do disco intervertebral lombar. Para além disto, o núcleo tem um comportamento oposto às fibras do disco.

Isto põe em causa o que estava mais ou estabelecido e sendo a biomecânica a base na abordagem terapêutica manual estes achados são relevantes no paciente com lombociatalgia, uma vez que o comportamento dos foramens e discos intervertebrais na relação com as raízes nervosas é muito importante na -neuromecânica- e nas implicações que podem existir para tecido nervoso- neuropatomecânica-.


No tratamento Osteopático com pacientes com lombociatalgias, abordo estes conceitos neuromecânicos e aplico estratégias terapêuticas com um foco na relação do tecido conjuntivo nervoso com as suas interfaces ou nos fenómenos neurogénicos (intraneurais).



28 agosto, 2016

Mobilização Neural na prática clínica Osteopática, 4ª edição

A formação em mobilização neural permite-lhe entender os fenómenos de inflamação neurogénica e as suas consequências no tecido conjuntivo nervoso. Permite-lhe também uma abordagem terapêutica e global, mobilizando o sistema nervoso periférico, interferindo directamente na sua mecânica e por isso na sua neurofisiologia. Vai aprender a mobilzar o SNA com um papel importantíssimo na inflamação, mas também aprender técnicas que pode usar nos casos de neuropatia, como ciatalgias ou neuralgias do trigémio. O exame neurológico é também uma componente da formação, o que lhe vai permitir um melhor diagnóstico e intervenção terapêutica.
Módulo I- 15 e 16 de Outubro
Inscrições terminam até 1 de Outubro


24 agosto, 2016

Síndrome de Meniére


Caso clínico:
Paciente sexo masculino e diagnóstico de doença de Meniére à direita.
Sintomatologia com duração aproximada de 5 meses:
Vómito, naúsea, tinnitus, hipoacúsia, sensação de plenitude auricular bilateral, vertigem.
RM: moderadaleucoencefalopatia microvascular crónica. Dilatação bilateral do espaço endolinfático dos labirintos membranosos cócleo-vestibulares sugerindo hidrópsia endolinfática.

Tratamento em Otoneurologia no Sta. Maria:
- 3 tt de reabilitação vestibular (protocolo de Herdman- provocava vertigem de dias). Sem grandes resultados até à data da consulta.

Tratamento Osteopático:
- técnicas de mobilzação do nervo vestíbulo-coclear pela sutura esfeno-basilar (grande asa do esfenóide) ipsi-lateral e pavilhão
auricular no sentido anterior e interno. Mobilização do n. trigémio e facial justificada pelas inervações sensitivas e motoras da membrana timpânica e canal auditivo interno (que pode explicar a hipoacúsia direita). Mobilizei ainda a artéria vertebral pela relação com A.C.I e fiz drenagem linfática dos tecidos envolventes.

Explicação:
- A mobilização neural mobiliza manualmente o tecido conjuntivo nervoso, tendo em conta a sua relação interfácica e fibrose endo/peri neural, com o objectivo de melhorar a sua viscoelasticidade, normalização do fluxo axoplasmático/ fenómenos de neuroplasticidade, absorção edema pela velocidade do peristaltismo linfático (Sn. Simpático), normalização dos processos pós e anti- inflamatórios, normalização condução vascular.

Evolução clínica:
Evolui-o para uma condição assintomática ao fim de 2 tratamentos e assim se mantém há 4 semanas.

Nota: a pedido da otoneurologia foi enviado um relatório da terapêutica Osteopática aplicada.

13 julho, 2016

Glúten: um possível veneno


O glúten e o amido presente no trigo dos nossos dias (modificado milhares de vezes pela industrialização e exigência do consumo) são verdadeiros venenos. Numas pessoas mais do que outras é certo, porém, são responsáveis por aumentar a glicose no sangue e a permeabilidade intestinal (podendo causar uma resposta auto-imune). Com a idade é também normal que o estômago deixe de produzir a quantidade de enzimas necessárias para degradar determinadas proteínas como as do leite e o glúten, entre tantas outras. Estas podem provocar inflamações no trato gastro-intestinal e o extravasamento de substâncias para a corrente sanguínea, provocando respostas inflamatórias pelo sistema imunológico.
Tenho testemunhado muitos casos de pacientes com artrites reactivas, polimiosite e infecções urinárias que retiram o glúten da alimentação e ficam totalmente assintomáticos. Não por um dia ou dois. Alguns acompanho há meses, outros há anos. Estão assintomáticos!
"Além da conhecida doença celíaca, na qual os pacientes experimentam dores abdominais e diarreia com o consumo de glúten, há um grande número de patologias autoimunes associadas ao consumo de trigo. Podemos citar, por exemplo, atrite reumatoide, lupus, dermatite herpetiforme, ataxia cerebelar, esclerose múltipla, Alzheimer, colite ulcerativa, cólon irritável, enxaquecas, entre outras. Muitos destes pacientes não apresentam os sintomas de doença celíaca, mas tem os anticorpos para doença celíaca positivos. Outros tem estes anticorpos negativos e, não obstante, melhoram com a eliminação total do trigo."
Um dos grandes estudiosos sobre este tema é o Dr. William Davis, cardiologista e autor do livro “Wheat Belly”. O Dr. William concluiu que o glúten está implicado na génese da obesidade, diabetes e um sem número de patologias auto-imunes. http://www.wheatbellyblog.com/

09 junho, 2016

workshop '' Exame Neurológico"


Este é um workshop prático para quem quer rever ou entender melhor o exame neurológico aplicado à prática clínica Osteopática.

Seja um clínico seguro, eficaz e verdadeiramente holístico.

Prazo de insrcição termina a 10 de Junho


Valor: 60€



Inscrições online em http://osteoform.pt/Inscreva-se/

Manifestação “a saúde não paga IVA”


O que nos fez chegar aqui?
A Lei n.º 45/2003 e a Lei n.º 71/2013 são leis que regulam os direitos dos cidadãos aos cuidados de saúde expressos na Constituição da República Portuguesa. A escolha da Terapêutica, convencional ou não convencional, expressa um direito do cidadão que de forma livre e consciente pode optar pela terapêutica que mais benefícios e mais se adequa às suas necessidades, seja esta escolha pela medicina convencional ou pelas chamadas Terapêuticas Não Convencionais (TNC).
Os profissionais das TNC estão atualmente registados no Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde - lei nº 104/2015 de 24/08, leia-se “obrigatório para profissionais de saúde das profissões de saúde regulamentadas, nos termos da Portaria nº 35/2012, de 3 de fevereiro, bem como para os profissionais das terapêuticas não convencionais.”- ACSS (Administração Central do Sistema de Saúde). Como pode então a emissão de cédulas profissionais estar na esfera de competência da ACSS, que é da inteira tutela do Ministério da Saúde e que seguem os critérios standards da OMS, mas no que concerne à igualdade fiscal existir esta disparidade na lei, obrigando os profissionais das TNC a cobrar IVA aos pacientes? Como pode o Sr. Ministro das Finanças ignorar o parecer da ACSS no seu ofício – 0460/2014/DRS/NFRNCCI/ACSS, onde é explícito e se pode ler “ Foi, igualmente proposto que fosse solicitado ao Ministério das Finanças a isenção de IVA para os profissionais das TNC ao abrigo do artigo 9º do CIVA à semelhança das restantes profissões da saúde.”? Como se pode ignorar o coordenador da Direção Geral de Saúde da pasta de regulação das TNC, aquando do seu oficio com o mesmo conteúdo do parecer dado pela ACSS ao Ministro das Finanças?
Como refere no nº 1 do artigo 3º da Lei 45/2003, consideram-se terapêuticas não convencionais aquelas que partem de uma base filosófica diferente da medicina convencional e aplicam processos específicos de diagnóstico e terapêuticas próprias. Nesta lei somos designados como profissionais de saúde, na lei 71/2013 consideram-nos com total autonomia no diagnóstico e terapêutica, porém habilmente alteraram a nossa designação para profissionais das terapêuticas não convencionais. Este jogo de semântica serviu para não nos considerarem parte de um grupo de profissionais isentos de IVA, o que não invalida uma perversão ética e moral aos profissionais que aplicam outras terapêuticas que não as convencionais. Afinal Terapêutica não significa o ato de tratar? A aplicação de métodos de tratamento? Logo, automaticamente, exercemos atos de cuidados de saúde, logo somos profissionais de saúde, logo isentos de IVA. Assim, os pacientes que optam pelas Terapêuticas Não Convencionais (TNCs) devem ver refletido o seu direito de dedução à coleta de despesas de saúde em sede de IRS. Nós, os profissionais das TNC, devem ver refletido na lei, que agora nos regulamenta, a equidade fiscal, a igualdade na designação das profissões que são de saúde e não de serviços.
Queremos um CAE específico, que nos garanta a isenção de IVA, uma vez que tanto a autonomia de diagnóstico, interpretação e ação terapêutica das TNC, são distintas e não estão vinculadas ou diretamente relacionadas com a ação médica, e por isto, também não nos enquadramos nas chamadas profissões paramédicas.
Queremos que os nossos pacientes não sejam prejudicados e vejam limitada a sua escolha nos cuidados de saúde. Queremos ser vistos como o que somos. Profissionais de saúde das TNC que na sua intervenção terapêutica tratam (mas também poupam recursos ao Estado e pacientes), muitas vezes com mais sucesso que a medicina convencional, os doentes.

Tenho de agradecer a todos os membros da organização que foram incansáveis e sem eles não tinha sido possível esta manifestação. Ao pessoal dos vários movimentos cívicos e das várias organizações das outras TNC, devemos muito por esta projecção que a manifestação teve. Ao pessoal amigo e colega que nos bastidores sempre se dispôs em dar uma palavra de apoio e força deixo um grande obrigado.
Esta será porventura uma das pequenas conquistas que nos aguardam nesta, ainda muito recente, caminhada.

09 março, 2016

Medição osteométrica do foramen jugular

Resultado de imagem para forame jugular


No Módulo II da formação em Neuromobilzação Clínica, curso que ensino, aprende-se a manipular o foramen jugular. É por ele que passam nervos importantes como o vago, glossofaríngeo e acessório. Na linha de vários autores, este estudo revela que o FJ esquerdo é mais estreito. Este é um dos fundamentos para serem mais frequentes as cervicalgias esquerdas.

An Osteometric Evaluation of the Jugular Foramen
ISHWARKUMAR, S.; NAIDOO, N.; LAZARUS, L.; PILLAY, P. & SATYAPAL, K. S.
An osteometric evaluation of the jugular foramen.
Int. J. Morphol., 33(1):251-254, 2015.

SUMMARY:
The jugular foramina (JF) are bilateral openings situated between the lateral part of the occipital bone and the petrous part of the temporal bones in the human skull. It is a bony canal transmitting neurovascular structures from the posterior cranial fossa through the base of the skull to the carotid space. Since the JF depicts variations in shape, size, height and volume between different racial and gender groups, along with distinctive differences in laterality from its intracranial to extracranial openings, knowledge of the JF may be necessary to understand intracranial pathologies. Therefore, the purpose of this study was to evaluate the morphometric measurements of the jugular foramen. Various morphometric parameters of the JF and its relation to surrounding structures were measured
and assessed in 73 dry skull specimens (n=146). Each of the morphometric parameters measured were statistically analyse using SPSS to determine the existence of a possible relationship between the parameters and sex, race, age and laterality. The comparisons of sex and age with the distance between the JF and lateral pterygoid plate and distance between the JF and foramen magnum yielded statistically significant p values of 0.0049 and 0.036, respectively. The results of this study correlated with that of previous studies indicating that measurements regarding the JF are greater on the right side. The provision of morphometric data pertaining to the JF and surrounding structures may assist surgeons and clinicians during operative procedures.