A bioelectricidade é um modo de transferência de informação resultante de alterações nos potenciais de membrana em células individuais ou grupos de células (sistemas complexos). Integra-se com os gradientes químicos (ions por exemplo) e forças físicas que regulam factores de transcrição (on-off), expressão de genes, o limite, o desenvolvimento e a regeneração de tecidos/ órgãos (conjunto de células). Em baixo uma célula individual (as células são altamente ativas) em comunicação com o seu meio ambiente. A seta mostra o prolongamento da sua membrana que se move consoante o input e os gradientes de concentração.
Esta imagem mostra o comportamento de um grupo de células perante os sinais bioelétricos propagados pelas próprias células. A comunicação bioeléctrica orquestra a actividade celular no sentido da reparação de anatomias complexas específicas e da morfogénese.
O campo de ação (se assim se pode chamar) da osteopatia é vasto, de grande complexidade (e incerteza) científica, teórica e técnica. Porém, sabe-se que o input mecânico manual induz respostas químicas como transdução de sinal e estimulação de factores de transcrição (importantes na modulação da dor, ou produção de novas moléculas de colagénio). O papel dos sinais bioelétricos na condução de informação, isto é, de atividade intra e extra-celular específica (e inteligente) , tem cativado a investigação recente em áreas macro como a biofísica, medicina molecular e regenerativa, medicina anti-envelhecimento e oncologia, o que não significa que áreas como a osteopatia não venham a beneficiar de descobertas (e confirmações*) fascinantes como estas.
* Há muitas décadas que o raciocínio hipotético- dedutivo dos pensadores osteopatas os levava a "concluir", num misto de curiosidade científica e intuição clínica, que a intervenção osteopática estimulava a modulação de impulsos bioelétricos (não só em neurónios), justificando a normalização comportamental de células e de sistemas fisiológicos.
Com a cortesia do Allen Discover Center e Tufts University.